Manuel Mozos
Um retrato da figura única que é Aldina Duarte, senhora-menina, fadista por convicção e amor. Traçando o seu perfil, desvendando a sua personalidade, viajando com ela através da cidade de Lisboa.
Carl Dreyer
A PALAVRA é, talvez, a obra cinematográfica que melhor põe em cena a questão da fé, construída inteiramente à volta da interrogação: A palavra pode chegar até Deus e Este responder-lhe? O crente, como Dreyer, diz que sim e A PALAVRA (o filme) é a sua expressão. Sobre este filme, José Régio escreveu que era “uma apologia da fé levada ao extremo limite.”
(sinopse da Cinemateca)
Jorge Silva Melo
É como se fosse Jorge Silva Melo por Jorge Silva Melo. O filme esteve para se intitular assim numa piscadela de olhos a JLG. JSM descreve-o como “Uma deambulação por meio século, sim, uma carta talvez. Viagens pela minha vida, podia chamar-lhe eu, que tanto gosto de Garrett. Um travelling como ele gostaria, uma história solta, memórias, projectos, encontros.”
Pedro Costa
Três irmãs são separadas pela erupção do vulcão do Pico do Fogo em Cabo Verde. Pedro Costa constrói um retrato penetrante dessas mulheres. A erupção ilumina o seu canto pungente: um dia saberemos porque vivemos e porque sofremos.
Pedro Costa
Elizabeth Pinard é uma das três mulheres de AS FILHAS DO FOGO, de Pedro Costa, filmada a caminhar ao lado de uma parede de lava. Reaparece sozinha nesta curta-metragem musical no âmbito de apresentação da Viennale 2023.
Jean-Luc Godard
Após a morte de Jean-Luc Godard, em Setembro de 2022, o seu colaborador de longa data, Fabrice Aragno, começou a trabalhar na montagem de um filme que nunca existirá: o último filme de Godard. Trata-se de uma comovente colagem de fotografias e das últimas notas escritas pelo cineasta.
Paulino Viota
Retrato, com um rigor formal deslumbrante, da existência quotidiana de um conjunto de personagens que não parecem ter lugar numa sociedade alienada: militantes antifranquistas refugiados numa frágil clandestinidade.
Filme símbolo da Nouvelle Vague, fazendo explodir o cinema para depois o reinventar. A primeira longa-metragem de Godard resultava, por si mesma, num dos momentos mais decisivos da história do cinema, com Belmondo recriando também um mito clássico, o de Bogart.
(sinopse da Cinemateca)
Maria parte para a Beira interior em busca de Lídia, que fugiu repentinamente da grande cidade. Lídia guarda um segredo, e vai encontrando no que vê e nas vozes com quem se cruza, o que Juan Marsé revela n'O Feitiço de Xangai: «Apesar de crescermos a olhar para o futuro, crescemos sempre para o passado, em busca, talvez, do primeiro encantamento».
Um dos monumentos do cinema da década de 1970, auto-retrato de uma geração americana, "Milestones" encerra uma época, seguindo seis histórias simultâneas de membros da dita esquerda radical americana, situadas em diversos pontos dos Estados Unidos. O título faz alusão a um poema de Ho-Chi-Mihn: "Nada de grande ou de extraordinário / Nada de imperial ou de principesco / Um simples marco de pedra".
Miguel Ildefonso
A relação entre o humano e a natureza, entre o humano e a máquina. Um filme que anuncia um novo mundo e lembra que a poesia está no olhar para o inevitável.
Um cineasta viaja 2000km para se encontrar com alguns dos seus compatriotas forçados a deixar o país. Partilham a paixão pela cena tuning. Os carros são estímulos para nas suas conversas se discutir questões de identidade e comunidade, dissolvendo fronteiras entre sociedade e território.
Numa isolada ilha portuguesa, um homem sem nome faz uma viagem mental que o coloca em contacto com um mundo estranho e ameaçador, sem paz e harmonia.